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Já pensou como o celular interfere na sua
casa? Atualmente os celulares são os principais passatempos na casa de muitas famílias brasileiras, com trocas de mensagens de todos os tipos. Ligados em seus aparelhos, pais e filhos ficam conectados com vários grupos e entretidos com a comunicação virtual. O resultado são famílias que conversam menos e
dedicam menos atenção entre si. E muitos acreditam que estão olhando o
celular, mas prestando a atenção no que está acontecendo. Será? Prestar a atenção não é
apenas ouvir, principalmente quando se trata da intimidade familiar! A vida
é carregada de sentimento, de expressão, gestos e sensações, que só são
percebidas quando estamos participando de fato do que cada momento oferece.
Como
perceber esses aspectos mais sutis estando “de olho” no celular, ou ansiosos
à espera de uma mensagem? Semanalmente ouço no consultório algum desconforto
gerado pelo uso abusivo dos portáteis! Cônjuges insatisfeitos porque o outro
tem “muito assunto” no celular, discussões via virtual envolvendo mais
pessoas, casais que não sabem mais sentar lado a lado e conversar, adultos e
adolescentes que tem poucos amigos “reais” e vangloriam-se dos milhares
amigos virtuais. O celular e as redes sociais são recursos
maravilhosos da vida moderna, mas seu uso precisa ser comedido pra não tirar
a riqueza da COM-VIVÊNCIA, que nada mais é que “viver-com”, partilhar com o
outro. A convivência pessoal é da natureza humana, então precisamos estar
internamente dispostos a isso! Em relação ao celular, é
necessário limitar o tempo de uso dos wats, da fotinhos e respostas ao que
você recebe. É necessário perceber
que os últimos acontecimentos pulverizados
na rede a cada minuto não preenche nem muda a vida de ninguém. Que o que
circula por aí pode sim chegar a te você, mas quando
você tiver
interesse e tempo pra isso. Que se alguém tiver alguma urgência, poderá
ligar ou utilizar de outros meios, como se fazia até bem pouco tempo atrás,
quando não tínhamos essa tecnologia. Que situações de trabalho, podem ser
resolvidas quando necessário e como exceção, mas que você precisa delimitar
um horário para trabalhar! Limite
um tempo e momentos do dia para usar as redes sociais. Permita-se deixá-lo
longe em alguns momentos, em outro cômodo da casa. Permita-se desligar do
eletrônico para ligar-se no humano! Dê um limite! Como se faz com criança. Fazer o quê? O ser humano se deslumbra! Já vivemos
isso com o surgimento da televisão, até que pudéssemos contemporizar o seu
uso na vida cotidiana! Agora é a vez do celular. Precisamos crescer e
amadurecer como pessoas, independente dele. Porque outras tecnologias
surgirão! E a vida segue... Vera Sebben Psicóloga – CRP 07/09015
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