Desesperança - mal do século? (Tiago Grandi)


Não deste século, mas inclusive deste. A desesperança com os líderes é crônica e se reflete como um mal do século, lembrando a característica pessimista dos poetas do romantismo.
Talvez por incompetência e falta de preparo dos atuais chefes; talvez por propaganda direcionada contra a possibilidade de termos dos chefes; talvez por uma crise maior - a crise de valores e de educação; talvez por falta de imaginação e inteligência das pessoas; poucos são os que confiam nas lideranças.


Barbara Kellerman, em seu livro The End of Leadership, explorou com um pouco de profundidade o assunto e descreveu o processo, iniciado com a decadência da autoridade, somado à "horizontalização" das relações entre líderes e seguidores, concluindo (com apoio da tecnologia) com a quase inversão do fenômeno da liderança. Há casos, hoje, em que os chefes é que estão submetidos aos seus subordinados.


Seja como for, não podemos considerar a falta de esperança de que podemos, sim, ter bons líderes, algo irrelevante. É grave. Podendo se tornar um pessimismo coletivo de que as organizações não têm futuro. Ou alguém realmente acha que não são necessários líderes? Bakunin e os teóricos da anarquia também pensavam assim. O problema é que a teoria não se encontra bem com a prática. A liderança é necessária. Mais ainda: a BOA liderança é necessária.
Você acredita nisso? Você tem a visão de que podemos (e devemos) ter líderes, bons líderes? Ou você já foi pego pelo mal do século e pensa que não podem haver líderes justos, inteligentes, humanos e eficazes?


Cuidado, os poetas pessimistas do romantismo morriam cedo. E normalmente bêbados.
 

Tiago Grandi

CONSULTOR, ESCRITOR, CONFERENCISTA  

Filiado ao ILA – International Leadership Association, com estudos em engenharia, administração e filosofia, certificado como especialista em gerenciamento de projetos pelo PMI - Project Management Institute, sócio-fundador da Grandi&Garay – Executivos e Consultores, criador e coordenador do Liderata | Programa Aberto de Formação de Lideranças.

Como consultor atende empresas e organizações dos setores público e privado desde 1998, atuando em planejamento estratégico e estruturação organizacional.

Como executivo coordenou projetos de consultoria, obras de engenharia e manutenção industrial, bem como gerenciou projetos de tecnologia em diferentes organizações. Atua ainda como líder de equipes de voluntários em projetos culturais e educacionais.

Como escritor é autor do livro “Se minha empresa falasse…” e mantém crônicas e artigos em seu blog Reflexões sobre Liderança.

Como palestrante desenvolve temas ligados à liderança, estratégia e gestão, ministrando conferências em cidades de todo país.

Como coach realizou assessoria vocacional e de carreira para profissionais de diferentes áreas, sobretudo do meio empresarial e lideranças de organizações.


www.grandi-garay.com